Eu queria escrever algo, mas me faltam palavras, me faltam motivos, me faltam vontade. Eu queria me expressar, mas se não consigo em palavras, como irei fazer? Poderia gritar, mas, indiferente que sou, o mundo não me ouviria.
Tenho muito o que dizer, mas não sei como fazer se a única forma que encontro é escrever pro mundo ler. Mas eu não consigo, não hoje e diferente de um dia as palavras não saem, as palavras não me expressam. Logo elas que sempre foram minhas amigas, hoje, se encontram longe de todo nexo, de todo contexto. Não sei se voltam, não sei se vêm. Apenas sei que nada sei e que de dúvidas minha vida se perdeu.
Em dia ensolarado, meu mundo é nublado e com possibilidades de fortes chuvas ao fim do dia. Mas que dia? Se nem acordar eu acordei, pois de realidade em vida só sonhos que, forçadamente, tenho durante as noites. Como viver o irreal se a realidade é mais dura do que parece. Como buscar a paz, se as tormentas da confusão vivem assombrando pensamentos?
Num mar de turbulências, as palavras parecem formar um belo bote que no fim das contas se mostra fraco e insuficiente para aguentar a tempestade. Se elas não dão conta, o que mais pode dá, se a força de vontade a tempos se foi, se o apoio mais firme, por perto, não se encontra e se sozinho, em meio à multidão, me encontro perdido e cabisbaixo....
Corre! Não consigo! Grita! A voz não sai! Peça ajuda! Não me ouvem! Me falta força, me falta vontade? Será que o fundo do poço é assim? Não, é pior ou será melhor? Sei lá, me faltam palavras, me falta sentido. Numa vida confusa os problemas assombram. Eles são assim, meio... Sei lá! Me sinto fora de si, será que isso é um sonho? Jamais seria, pois para o mesmo teria uma final e nesse meu pesadelo o final parece cada vez mais distante, cada vez mais... Sei lá!
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